A Gerência de Distrito Sanitário Leste, por meio da Gerência Distrital de Atenção à Saúde, e a Gerência Regional de Educação, através do Programa Saúde na Escola (PSE), montaram um cronograma de atendimento em todas as escolas para atingir o maior número possível de meninas. São ministradas três doses da vacina. Além dessa, em março, a segunda acontece após seis meses e a terceira é aplicada cinco anos após a primeira dose.
O HPV é capaz de infectar a pele ou as mucosas e possui mais de cem tipos. Desse total, pelo menos 13 têm potencial para causar câncer. A vacina distribuída no SUS é a quadrivalente, que previne contra quatro tipos de HPV (6, 11, 16 e 18). Dois deles (16 e 18) respondem por 70% dos casos de câncer de colo de útero, responsável atualmente por 95% dos casos de câncer no país. No entanto, a sua implantação será gradativa. Em 2014, a população alvo da vacinação é composta por adolescentes do sexo feminino na faixa etária de 11 a 13 anos. Em 2015, serão vacinadas as adolescentes na faixa etária de 9 a 11 anos e, a partir de 2016, serão vacinadas as meninas de 9 anos de idade.
O auxiliar de enfermagem Luciano Vieira Miranda disse que a adesão à vacinação foi positiva. “No início da organização da campanha achei que seria difícil, mas depois percebi que foi a maneira correta, porque o público é conhecido na escola e a captação está perfeita. Existe um mito que diz que a vacina esteriliza e incentiva a prática sexual, mas isso não existe. Aconteceram poucas recusas nas escolas que trabalhei e algumas meninas já haviam sido vacinadas na rede particular”, explica.
Morador do bairro Taquaril, Sérgio Coelho levou a filha de 11 anos para vacinar na Escola Municipal George Ricardo Salum, localizada no bairro, e elogiou a ação. “Achei legal a campanha. É muito importante imunizar as crianças para não ter câncer de colo de útero. É uma proteção para a minha filha”, ressaltou. “Infelizmente, muitas mulheres não tiveram acesso a essa vacina e, ao serem expostas ao vírus, tiveram doenças graves e morreram. Esta é a oportunidade de salvar vidas”, disse Marilene Zeferino, moradora do bairro Granja de Freitas, que levou a filha para vacinar.
Trabalho
Thiago Germano, assistente de apoio ao Programa de Saúde da Família, trabalhou na organização da campanha nas escolas municipais e ressalta que o objetivo agora é trabalhar com essa temática durante o ano, pois é importante que as meninas recebam as outras doses. “A campanha foi muito positiva, pois a adesão foi muito alta. Além da imunização que as meninas receberam, durante o período anterior à vacina todas as escolas municipais trabalharam o tema sexualidade e cuidados com o corpo”, disse. Segundo ele, a Escola Municipal Israel Pinheiro fez uma reunião com os pais abordando o tema e explicando a importância da vacina. “Considero que facilitar o acesso das pessoas a essas informações foi extremamente importante para que a campanha desse certo”, concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário