quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

Prefeitura amplia a coleta seletiva na região Leste

FONTE: Comunicação da SLU

No próximo dia 16, mais de 5.600 moradores e comerciantes, em 1.400 domicílios dos bairros Colégio Batista e Floresta, passarão a contar com o recolhimento de materiais recicláveis porta a porta. Papel, metal, plástico e vidro, devidamente acondicionados, deverão ser expostos na calçada, sempre às quintas-feiras, entre as 7h e as 8h. A iniciativa é uma parceria entre a Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e a Cooperativa Solidária dos Trabalhadores e Grupos Produtivos da Região Leste (Coopesol Leste).

SLU
Técnicos da SLU e agentes da Coopesol Leste começarão, nesta sexta-feira (10), o trabalho de sensibilização do público beneficiado pelo serviço. Os cidadãos receberão orientações a respeito do dia e horário de coleta, dos locais atendidos, do modo correto de separação e acondicionamento dos materiais, além do potencial de reciclagem de cada resíduo. Para reforçar as mensagens, será distribuído material educativo sobre o assunto.

A chefe do Departamento de Políticas Sociais e Mobilização da SLU, Vanúzia Gonçalves Amaral, revela que a estimativa é de quase 20 toneladas de resíduos recicláveis, por mês, além do que já é coletado na região, desde 2015, quando teve início a coleta seletiva solidária. “Os resultados já são considerados positivos, mas com a participação efetiva dessa nova parcela da população, a atividade irá incrementar os ganhos ambientais e sociais”, explica.

Somente nessa fase, com o reaproveitamento dos recicláveis, estima-se que, em um ano, a indústria poderá economizar 70 mil litros de água, 236 árvores deixarão de ser cortadas e 85 mil kWh de energia serão poupados, o que equivale ao consumo mensal médio de mil famílias. Além disso, 36 toneladas de gás carbônico equivalente (ou CO2e, medida usada para representar os diferentes gases responsáveis pelo efeito estufa) deixarão de ser emitidas, segundo cálculos dos pesquisadores do Núcleo Alter-Nativas de Produção da Escola de Engenharia da UFMG.

Esses prognósticos são feitos levando em conta as diferenças no consumo de recursos naturais e de energia, bem como dos efeitos ambientais negativos, como a poluição atmosférica, quando se compara a geração de produtos a partir de matéria-prima virgem com a produção utilizando materiais recicláveis, conforme explica o engenheiro Marcelo Alves de Souza, pesquisador integrante do Núcleo.

Coleta solidária

Desde novembro de 2015, partes dos bairros Floresta e Colégio Batista, na região Leste da cidade, são atendidas pela coleta seletiva porta a porta, gerando trabalho e renda para os catadores e seus familiares. Na fase inicial, 9 mil cidadãos, em 2.500 residências foram contemplados. A ideia é expandir a iniciativa para outras regiões.

A parceria com a Coopesol Leste é inédita na capital porque a gestão e a operação do serviço são feitas pela própria associação. É a primeira cooperativa a trabalhar, ao mesmo tempo, no recolhimento e na triagem dos recicláveis em Belo Horizonte, usando um caminhão cedido pelo município. A experiência dos catadores adquirida nos galpões, na separação dos resíduos, ajudou a instruir a população de forma prática e eficaz, colaborando para a diminuição dos rejeitos.

Até o momento, mais de 60 toneladas de recicláveis foram coletadas, mais de 200 mil litros de água economizados, 708 árvores preservadas, 250 mil kWh de energia poupados e 100 toneladas de CO2e deixaram de ser liberadas no ar, segundo estudos do mesmo núcleo de pesquisas e extensão da UFMG.

Para a coleta seletiva ponto a ponto, existem hoje 82 conjuntos de contêineres para recolhimento de papel, metal, plástico e vidro, num total de 261 equipamentos, instalados nas nove regionais. Já a coleta porta a porta está presente em 36 bairros, atingindo uma população aproximada de 384 mil pessoas, em mais de 123 mil domicílios.


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Arte: Comunicação SLU

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