FONTE: Comunicação da SLU
No próximo
dia 16, mais de 5.600 moradores e comerciantes, em 1.400 domicílios dos bairros
Colégio Batista e Floresta, passarão a contar com o recolhimento de materiais
recicláveis porta a porta. Papel, metal, plástico e vidro, devidamente
acondicionados, deverão ser expostos na calçada, sempre às quintas-feiras,
entre as 7h e as 8h. A iniciativa é uma parceria entre a Superintendência de
Limpeza Urbana (SLU) e a Cooperativa Solidária dos Trabalhadores e Grupos
Produtivos da Região Leste (Coopesol Leste).
SLU |
Técnicos da SLU e agentes da Coopesol Leste
começarão, nesta sexta-feira (10), o trabalho de sensibilização do público
beneficiado pelo serviço. Os cidadãos receberão orientações a respeito do dia e
horário de coleta, dos locais atendidos, do modo correto de separação e
acondicionamento dos materiais, além do potencial de reciclagem de cada
resíduo. Para reforçar as mensagens, será distribuído material educativo sobre
o assunto.
A chefe do Departamento de Políticas Sociais
e Mobilização da SLU, Vanúzia Gonçalves Amaral, revela que a estimativa é de
quase 20 toneladas de resíduos recicláveis, por mês, além do que já é coletado
na região, desde 2015, quando teve início a coleta seletiva solidária. “Os
resultados já são considerados positivos, mas com a participação efetiva dessa
nova parcela da população, a atividade irá incrementar os ganhos ambientais e
sociais”, explica.
Somente nessa fase, com o reaproveitamento
dos recicláveis, estima-se que, em um ano, a indústria poderá economizar 70 mil
litros de água, 236 árvores deixarão de ser cortadas e 85 mil kWh de energia
serão poupados, o que equivale ao consumo mensal médio de mil famílias. Além
disso, 36 toneladas de gás carbônico equivalente (ou CO2e, medida usada para
representar os diferentes gases responsáveis pelo efeito estufa) deixarão de
ser emitidas, segundo cálculos dos pesquisadores do Núcleo Alter-Nativas de
Produção da Escola de Engenharia da UFMG.
Esses prognósticos são feitos levando em
conta as diferenças no consumo de recursos naturais e de energia, bem como dos
efeitos ambientais negativos, como a poluição atmosférica, quando se compara a
geração de produtos a partir de matéria-prima virgem com a produção utilizando
materiais recicláveis, conforme explica o engenheiro Marcelo Alves de Souza, pesquisador
integrante do Núcleo.
Coleta solidária
Desde novembro de 2015, partes dos bairros
Floresta e Colégio Batista, na região Leste da cidade, são atendidas pela
coleta seletiva porta a porta, gerando trabalho e renda para os catadores e
seus familiares. Na fase inicial, 9 mil cidadãos, em 2.500 residências foram
contemplados. A ideia é expandir a iniciativa para outras regiões.
A parceria com a Coopesol Leste é inédita na
capital porque a gestão e a operação do serviço são feitas pela própria
associação. É a primeira cooperativa a trabalhar, ao mesmo tempo, no
recolhimento e na triagem dos recicláveis em Belo Horizonte, usando um caminhão
cedido pelo município. A experiência dos catadores adquirida nos galpões, na
separação dos resíduos, ajudou a instruir a população de forma prática e
eficaz, colaborando para a diminuição dos rejeitos.
Até o momento, mais de 60 toneladas de
recicláveis foram coletadas, mais de 200 mil litros de água economizados, 708
árvores preservadas, 250 mil kWh de energia poupados e 100 toneladas de CO2e
deixaram de ser liberadas no ar, segundo estudos do mesmo núcleo de pesquisas e
extensão da UFMG.
Para a coleta seletiva ponto a ponto, existem
hoje 82 conjuntos de contêineres para recolhimento de papel, metal, plástico e
vidro, num total de 261 equipamentos, instalados nas nove regionais. Já a
coleta porta a porta está presente em 36 bairros, atingindo uma população
aproximada de 384 mil pessoas, em mais de 123 mil domicílios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário