terça-feira, 14 de maio de 2013

Centro Cultural São Geraldo - Casa de Cultura e atividades para 12 mil pessoal


     Inaugurado há a pouco mais de três anos, o Centro Cultural São Geraldo (CCSG) chegou para oferecer uma programação cultural de qualidade aos moradores da região Leste de Belo Horizonte. Uma vitória para a população da região, que conquistou no Orçamento Participativo o espaço destinado ao desenvolvimento de políticas públicas voltadas à cultura. Localizado no bairro São Geraldo, o centro cultural conta com infraestrutura completa e equipe de profissionais qualificados e voluntários da própria comunidade que realizam atividades de narração de histórias e oficinas, programam sessões de cinema, comandam aulas de dança e ioga, entre outras, em um considerável calendário de atividades diversificadas que atraem cerca de mil pessoas por mês.

     O Centro Cultural São Geraldo possui 480 m² de área, que agrega auditório multiuso com camarim, sala para oficinas, uma biblioteca com espaço de processamento técnico, telecentro e hall para exposições, além de banheiros com acessibilidade para deficientes. Fazem parte da programação atividades fixas como aulas de dança sênior, capoeira e forró, abertas para pessoas de todas as idades, oficinas de violão para iniciantes, de artes visuais, iniciação musical, canto livre e literatura, esta ministrada por técnicos da Diretoria de Bibliotecas e Centros Culturais da Fundação Municipal de Cultura, com temas diferenciados a cada mês. Através dessa atividade, o público tem a chance de se aproximar de obras famosas e de seus autores. Apenas em outubro de 2012, foram realizadas duas peças teatrais, uma exposição e uma sessão de cinema com exibição de filme voltado ao público infanto-juvenil. E um detalhe importante a ser ressaltado: todas as atividades são gratuitas.

     Outra ação realizada no CCSG é a ioga, prática indiana que alia movimentos leves e meditação e traz diversos benefícios à saúde e ao corpo. “A ioga promove a melhoria da articulação e dá tonicidade. Trabalha com o relaxamento emocional, mental e espiritual. Com as meditações, as pessoas conseguem refletir e dominar suas emoções. Esse é o objetivo principal”, disse a coordenadora do projeto, Wânia Soares. Mesmo sendo gratuita, a procura da ioga pelos homens ainda é pequena. “De uma turma de 25 pessoas, a frequência masculina é quase nula. Acredito que isso seja pelo desconhecimento da prática por parte dos homens”, concluiu Wânia. A ioga acontece todas as quintas-feiras, das 9h30 às 10h30, e é direcionada a pessoas com mais de 40 anos.

     Teoria musical e técnicas de prática vocal são apresentadas na oficina de canto livre. Ministrada e coordenada pelo voluntário Glaysson Astoni, a atividade, que acontece aos sábados, das 9h às 11h30, tem alunos de 13 a 63 anos. Essa diversidade, segundo ele, traz importantes contribuições para o indivíduo. “Há um intercâmbio no relacionamento interpessoal. Essa diversidade traz ao curso um aprendizado muito grande. Valorizamos a vivência e a individualidade de cada pessoa e isso soma ao nosso trabalho, pois essa variedade de condição social, econômica e cultural gera riqueza. Qualquer limite é estabelecido pelo próprio convívio social, como em uma democracia”, afirmou. Ele disse que os alunos mais novos aprendem a gostar de músicas antigas e os mais velhos reconhecem a qualidade em músicas contemporâneas. E não só os alunos colhem frutos do trabalho. O fato de trabalhar como voluntário é, de acordo com Glaysson, gratificante. “Para mim, é um privilégio estar envolvido nesse projeto”, concluiu.

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