O
Abrigo Municipal Granja de Freitas, o Centro Cultural Alto Vera Cruz, o Centro
de Referência da Assistência Social (Cras) Granja de Freitas e a Coordenadoria
Municipal de Promoção da Igualdade Racial, ligada à Secretaria Municipal
Adjunta de Direitos da Cidadania, organizaram no final do último mês e no
início deste mês de dezembro atividades para famílias acolhidas no Abrigo
Granja de Freitas e atendidas pelo Cras Granja de Freitas. As atividades
divulgaram a cultura afro por meio da realização de oficinas de narração de
história, memória e identidade, construção do Boi da Manta e cortejo.
O
Boi da Manta é uma variação folclórica empregada para denominar uma festa do
boi realizada em diversas regiões brasileiras. Adultos e crianças se fantasiam
com muita criatividade, tornando-se “mascarados”. A essência da lenda enlaça a
sátira, a comédia, a tragédia e o drama, demonstrando sempre o contraste entre
a fragilidade do homem e a força bruta de um boi.
Johan
Mateus, morador do abrigo e participante do evento, ressaltou a importância de
atividades como essa, pois estimulam a criação de instrumentos e brincadeiras
saudáveis para toda a comunidade, bem como o resgate de memória que muitos
viveram em sua infância. “Ações deste tipo valorizam o folclore e despertam o
interesse das pessoas em procurar aprender mais sobre nossa cultura”, afirma.
As
atividades do Boi da Manta foram conduzidas por Gercino, representante da
Irmandade da Pândega. “Encontrei pessoas que sabem falar a minha língua, com
vontade de ajudar e animados. Encontrei também congadeiros que sabiam as
canções que eu puxava e comandava. Eles rezaram e brincaram... considero que
foi um momento mágico em que todos nós nos esquecemos de tudo lá fora e vivemos
plenamente nossa alegria”, declarou.
Penteado
O
fim do mês também foi marcado por oficinas de penteado étnico, que tiveram o
objetivo de promover a autoestima de crianças, jovens e adultos. Todas estas
ações foram avalizadas pelo Eixo Cultura Afro-brasileira do Plano Municipal de
Promoção da Igualdade Racial de Belo Horizonte, instituído em 2009.
As
atividades se encerraram no início de dezembro, com a apresentação de narração
de histórias pelos artistas Aline Cântia e Chicó do Céu. Para a coordenadora de
Promoção da Igualdade Racial, Rosângela da Silva, as atividades marcam o início
de uma parceria que prima pela valorização da intersetorialidade.
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