Sobre
as mesas, bolsas coloridas e bordadas. No armário, tapetes e bonés.
Penduradas nos cabides, vestidos e blusas. Não era uma exposição comum
de trabalhos manuais, mas um sonho de vida realizado. Emocionados, 17
moradores do Taquaril, na região Leste, receberam na última semana o
certificado do curso de Corte e Costura oferecido pelo programa de
urbanização Vila Viva, que é coordenado pela Companhia Urbanizadora e de
Habitação de Belo Horizonte (Urbel).
Construir
um novo futuro para a família a partir de agora é a expectativa
de Fabilma Maria Oliveira Santos, que recebeu cheia de orgulho seu
diploma. “Já comprei as máquinas para a minha confecção”, afirmou. Como
ela, outras 15 mulheres e um homem comemoraram mais esta nova etapa de
vida. Para a líder comunitária Maria Crisóstomo Ramos, costureira e
coordenadora do curso, durante 6 meses (de setembro a março) aconteceram
momentos de doação, desafio e participação. “Foi difícil para cada
pessoa, mas vencemos e isso é o que importa”, assinalou.
De
acordo com o coordenador social do programa Vila Viva do Taquaril,
Aderbal Geraldo de Freitas, a proposta agora é começar a segunda etapa
para especializar os novos profissionais para o mercado de trabalho.
“Queremos que as pessoas encontrem novos destinos e obtenham renda
própria ao comercializar peças feitas por elas”, disse. Ele explica
ainda que o objetivo é capacitar grupos de moradores para inserção no
mercado formal e incentivar a criação de unidades produtivas para a
geração de trabalho e renda.
O
programa Vila Viva, de urbanização estruturante das vilas e favelas,
apresenta vários tipos de intervenções para melhorar a qualidade de vida
da população que reside nestes locais. Elas vão desde a restruturação
do sistema viário, erradicação de áreas de risco, implantação de áreas
de preservação, construção de unidades habitacionais, regularização
fundiária e atividade de educação sanitária e ambiental até o
desenvolvimento de ações de promoção social e comunitária. Somente no
Taquaril o programa dispõe de recursos de R$ 91,7 milhões e, até o final
do ano passado, já haviam sido executados cerca de 44% das intervenções
previstas no projeto. Ali, mais de 11 mil moradores estão sendo
beneficiados diretamente pelo Vila Viva.
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