A Prefeitura de Belo Horizonte, por
meio da Secretaria Municipal de Saúde, Defesa Civil, Superintendência de
Limpeza Urbana (SLU) e Secretaria de Administração Regional Leste, realizou na
última quarta-feira, dia 13, um mutirão intersetorial contra o Aedes
aegypti, nos bairros Mariano de Abreu e Boa Vista. O ponto de encontro foi na Praça
Nossa Senhora da Conceição em frente ao Centro de Saúde Mariano de Abreu (Rua
Fernão Dias, 200). A atividade teve início às 8 horas e vistoriou 2.414 imóveis ao longo de 37 quarteirões.
Cerca de 152 toneladas de materiais inservíveis foram recolhidos, além de 256
pneus.
Os
agentes fizeram um pente fino de casa em casa com a distribuição de material
educativo. O gerente distrital de Controle de Zoonoses Leste, José Marcos
Furquim ressaltou o trabalho da equipe. “Foram mais de 130 pessoas entre
trabalhadores da Gerência Distrital de Saúde, Limpeza Urbana, Manutenção,
Defesa Civil e demais áreas da regional Leste que atuaram no mutirão. A
avaliação foi positiva, mas não podemos nos descuidar. Os locais mais críticos
serão monitorados de perto e o pente fino continua ao longo da semana. Os
imóveis que estavam fechados (proprietários não encontrados) serão visitados
novamente” explicou.
A medida fez parte da força-tarefa da PBH para combater a proliferação do mosquito vetor da dengue, chikungunya e zika na capital. As residências visitadas estão na área de abrangência da unidade de saúde, com uma população de aproximadamente 10 mil pessoas. Várias ações estão sendo realizadas desde dezembro pela PBH, quando foi declarada situação de emergência no município de Belo Horizonte através do decreto 16.182 publicado no dia 22 de dezembro de 2015 em razão da infestação do mosquito.
Ubiratan
Bernardes Lima, 65 anos, morador do bairro Boa Vista gostou da ação e colaborou
descartando inservíveis. ”Recebi a visita da agente no início da semana
informando sobre o mutirão. Estou fazendo a minha parte e é fundamental que
todos também façam. São doenças graves que o mosquito transmite e realmente
temos que tomar cuidado”, disse.
De
acordo com José Marcos é importante eliminar pequenos focos como tampas de
garrafas e materiais plásticos. “Esses materiais acumulam água e geralmente são
ignorados pelas pessoas devido ao seu tamanho, mas são locais que podem sim, virar
criadouro para o mosquito”. Todos os moradores devem ficar atentos e verificar
seus imóveis. “São 10 minutos que fazem
toda a diferença”, ressaltou o gerente.
Drone
A
atividade também contou com a utilização de um drone que vistoriou áreas de difícil
acesso na região. Essa foi uma parceria em conjunto com o município de Sabará
onde a Regional Leste faz divisa. O equipamento disponibilizado pela cidade
vizinha possui um alcance de até 3 km de extensão e 30 metros de altura e contêm
uma câmera acoplada para realizar filmagens de até 15 minutos. Todo material
gravado será encaminhado para o Distrito Sanitário Leste. A incidência de
dengue em Sabará teve redução de 97% nos últimos dois anos com o uso da nova
tecnologia em conjunto com outras ações como os mutirões também. Estão previstas
ações nas áreas de divisa com os dois municípios para eliminar focos do
mosquito.
Mutirão em números
- 2.414 imóveis vistoriados;
- 794 imóveis fechados (proprietários não
encontrados);
- 4 notificações da Defesa Civil;
- 152 toneladas de material recolhido;
- 256 pneus recolhidos;
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