Os bairros Floresta e Colégio Batista, que ficam na
região Leste, passaram a receber no final do ano passado o serviço de coleta
seletiva porta a porta. Para sensibilizar moradores e comerciantes sobre a
importância de separar e expor corretamente os resíduos nos dias e horários
estabelecidos para o recolhimento, equipes da Superintendência de Limpeza
Urbana (SLU) realizaram um grande trabalho de mobilização social.
Técnicos, estagiários, integrantes da
Cooperativa Solidária de Trabalhadores e Grupos Produtivos da Região Leste
(Coopesol Leste), além de voluntários da Universidade Federal de Minas Gerais
(UFMG), dialogaram com a população, entregaram material informativo e sanaram
dúvidas a respeito de quais resíduos possuem potencial de reciclagem.
Residências, estabelecimentos comerciais e outras instituições receberam a
visita da SLU.
Para fortalecer ainda mais a coleta seletiva,
a Prefeitura de Belo Horizonte promoveu um treinamento para os catadores,
ministrado pelo Departamento de Políticas Sociais e Mobilização (DPPSM-SLU) e
pelo Departamento de Programas Especiais (DPPRE-SLU). A capacitação destacou,
entre outros temas, os aspectos facilitadores da coleta seletiva, as técnicas
de abordagem e as ferramentas de mobilização, além do histórico do serviço e
dados sobre sensibilização da população, características dos materiais e
relacionamento com o cidadão.
O sociólogo Alex Magno Pereira de
Vasconcellos, do DPPSM-SLU, explicou que as ações contaram com um diferencial,
a presença da Coopesol Leste, primeira cooperativa a trabalhar, ao mesmo tempo,
no recolhimento e na triagem dos recicláveis na capital, usando um caminhão
cedido pela Prefeitura de Belo Horizonte. “A experiência dos catadores
adquirida nos galpões, na separação dos resíduos, nos ajudou a instruir a
população de maneira mais efetiva”, destacou. “Além disso, recebemos várias
manifestações de entusiasmo e otimismo, o que mostra o desejo da população em
usufruir desse importante serviço de limpeza urbana.”
A coleta seletiva nos dois bairros atende
agora cerca de 7,5 mil pessoas em quase 2,5 mil domicílios, com estimativa de
recolhimento de 13 toneladas de resíduos por mês. Lojistas, síndicos, a direção
do Colégio Batista e a Associação dos Moradores do Bairro Floresta, entre
outros segmentos, assumiram o compromisso de multiplicar a proposta e ampliar o
nível de participação da comunidade.
Comitiva da Bolívia visita o Brasil para
conhecer ações da SLU
Dois representantes da Bolívia, acompanhados por uma
funcionária do Ministério do Meio Ambiente do Brasil, estiveram em Belo
Horizonte no final de 2015 para conhecer as experiências exitosas da
Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) em gestão de resíduos sólidos. O
projeto de Cooperação Técnica Trilateral entre Brasil e Espanha, em favor da
Bolívia, voltado para o desenvolvimento de capacidades nos temas Água, Esgoto e
Resíduos Sólidos, permitirá o compartilhamento de conhecimentos como estratégia
do governo boliviano para avançar nesse campo.
A delegação foi recepcionada pelo
superintendente Custódio Mattos, pelo diretor de Gestão e Planejamento, Pedro
Gasparini Barbosa Heller, e pela chefe do Departamento de Programas Especiais,
Sandra Machado Fiuza, entre outros gestores. Pedro traçou, em linhas gerais, os
trabalhos desenvolvidos em Belo Horizonte e colocou o corpo técnico da
instituição à disposição para mais esclarecimentos. “Somos referência em
práticas bem sucedidas em relação à limpeza urbana, o que nos deixa orgulhosos
do nosso compromisso ambiental com a sociedade”, disse.
Na Central de Tratamento de Resíduos Sólidos
da SLU, localizada na BR-040, a comissão visitou a Estação de Reciclagem de
Entulho, o pátio de compostagem, a Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes
(URPV) Pindorama, a Central de Aproveitamento Energético do Biogás e a Estação
de Transbordo, local onde os caminhões da coleta domiciliar transferem o lixo
para carretas, antes de encaminhá-lo ao aterro de Macaúbas, em Sabará.
A comitiva esteve também nos galpões de
recicláveis da Coopesol Leste, no bairro Granja de Freitas, e da Coomarp
Pampulha, no bairro São Francisco, além da Unidade de Recebimento de Pequenos
Volumes (URPV) Liberdade. Na sede da autarquia, no bairro Santa Efigênia, eles
conheceram o Centro de Operação e Controle, que monitora imagens das demandas
de limpeza urbana, produzidas diariamente com ajuda de profissionais que
percorrem a cidade. A iniciativa permite planejar as ações diárias que são
executadas pelas equipes.
Reconhecimento
Para o boliviano Edgar Antonio Pedro Nogales
Gonzalez, engenheiro da empresa de Resíduos Sólidos Emao, a SLU utiliza uma
metodologia de trabalho que não existe na Bolívia. “Podemos aproveitar as
informações que conseguimos e aplicar em nosso país para que possamos também
ajudar a preservar o meio ambiente”, disse.
O diretor de Gestão de Resíduos Sólidos do
Ministério do Meio Ambiente e Água da Bolívia, Vladimir Gutiérrez Ledezma,
explicou que a parceria com o Brasil ocorre no momento em que seu país investe
em tecnologia no setor. “A experiência
da SLU permite direcionar nossos projetos, observando métodos já testados e que
obtiveram bons resultados”, destacou. O sistema de coleta seletiva da capital,
por exemplo, baseado no cooperativismo com os catadores, chamou a atenção dos
visitantes, porque na Bolívia existem cerca de 30 mil pessoas que se dedicam a
essa atividade de maneira informal. “Acompanhar de perto os processos nos ajuda
a ter novas ideias e a construir um caminho melhor nessa área”, comentou o
diretor.
Fonte: SLU
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