Nova UPA Leste é inaugurada

   A Prefeitura de Belo Horizonte ampliou o acesso aos serviços de saúde e reforçou o atendimento de urgência na capital com a inauguração da nova sede da UPA Leste (Avenida dos Andradas, s/nº, esquina com Rua Caravelas, no bairro Vera Cruz). Com a mudança de local agora a capacidade é de até 500 atendimentos por dia, cerca de 200 a mais que no espaço anterior, localizado no bairro Esplanada.

    A UPA recebeu investimento de R$ 11,6 milhões (incluindo desapropriação do terreno, elaboração de projeto e obra) e tem uma área construída de 2.021 m². Em seus dois andares, estão instalados nove consultórios médicos, laboratório, sala de cirurgia com dois blocos exclusivos para atendimentos de urgências cirúrgicas, sala de emergência com quatro leitos de reanimação, 14 leitos de semi-internação para internação de adultos, duas salas de classificação de risco com visão direta para a espera externa.

    A unidade também conta com sistema de raio-x com imagem digital, espaço exclusivo para medicação de pacientes, ala de inalação pediátrica e banheiro exclusivo para acompanhantes. Outra inovação é a instalação de sistema individual, nos leitos, para chamar a enfermagem. O fluxo de atendimento será feito de forma separada, com entrada exclusiva de emergência para pacientes em situação de risco de morte. A acessibilidade também foi priorizada e a unidade oferece aos portadores de necessidades especiais três elevadores de acesso, instalações sanitárias adaptadas e vagas de garagem exclusivas.

    A equipe médica é composta por cinco clínicos, dois pediatras, um cirurgião, 13 técnicos de enfermagem, dois enfermeiros, dois bioquímicos e três técnicos de laboratório, além de funcionários nos setores administrativo, de limpeza e segurança.

    “Mais do que ampliar a rede de urgência, é preciso garantir e aperfeiçoar, cada vez mais, a qualidade do serviço prestado ao cidadão”, disse o prefeito Marcio Lacerda. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Fabiano Pimenta, as UPAs aliviam a sobrecarga de atendimento dos grandes hospitais. “As UPAs contribuem para que o fluxo de atendimento seja mais corrente. Além disso, os pacientes encontram nessas unidades a estrutura adequada para o atendimento pré-hospitalar”, destacou.

    Ao longo dos anos, a demanda por atendimento de urgência na capital tem crescido, inclusive com aumento significativo de usuários residentes em outros municípios. Por esse motivo, a PBH investe na ampliação da rede de urgência. 

Unidade de Pronto-Atendimento

   As UPAs funcionam todos os dias da semana, de modo ininterrupto, 24 horas, incluídos feriados e pontos facultativos. As Unidades resolvem grande parte das urgências e emergências e são equipamentos denominados “porta-aberta”, ou seja, atendem moradores de outras regionais e até de outros municípios.

    Essas unidades têm como objetivo e missão o atendimento pré-hospitalar de urgência, ou seja, atendimento de casos agudos ou crônicos agudizados, assim como a estabilização de casos graves até a transferência destes para uma unidade hospitalar, quando necessário.

    Com a inauguração da UPA Noroeste-HOB (também realizada na tarde de ontem, 10), todas as nove regionais da capital estarão atendidas com o equipamento de urgência. AsUPAs atendem aos usuários com problemas de saúde que começaram há pouco tempo (chamadas situações agudas), ou que tenham uma doença já conhecida e diagnosticada  e apresentam piora ou que estejam com sofrimento (dores fortes, febre alta, desmaios etc.) que coloquem em risco a vida; órgão, função ou membro.

    As UPAs da capital apresentam uma taxa de resolutividade de 96,5%, o que significa que apenas 3,5% dos casos não são resolvidos na própria unidade e necessitam de transferência para outra unidade hospitalar. A taxa de óbitos em relação ao atendimento nas UPAs da capital é de 0,15% o que comprova que o índice de pacientes que vão a óbito atende aos parâmetros internacionais sobre bom funcionamento dos serviços de urgência.

    Esses equipamentos funcionam com um processo de Acolhimento com Classificação de Risco, de acordo com o Protocolo de Manchester, que prioriza o atendimento dos pacientes mais graves. A classificação de risco é feita pelas cores vermelha, laranja, amarelo e verde. O objetivo do protocolo é estabelecer a prioridade para atenção médica de acordo com a gravidade do caso de cada paciente avaliado.