A partir do próximo dia 26, os bairros Floresta e
Colégio Batista, na região Leste de Belo Horizonte, passarão a contar com o
serviço de coleta seletiva porta a porta, executado por catadores de materiais
recicláveis. A Cooperativa Solidária de Trabalhadores e Grupos Produtivos da
Região Leste (Coopesol Leste) participa de um novo e inédito projeto da
Prefeitura, que irá promover a inserção social dos catadores, treinados pela
Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), a ampliação e a melhoria da qualidade
do serviço prestado ao cidadão. A iniciativa alcançará 2,4 mil domicílios,
beneficiando 7,5 mil moradores. A estimativa da SLU é de que sejam recolhidas
13 toneladas de resíduos por mês.
A Prefeitura de BH e a Coopesol Leste formalizaram a parceria com a assinatura
de um contrato de prestação de serviços, em cerimônia realizada na sexta, dia
13, no galpão da cooperativa, localizado na Rua São Vicente, 151, no bairro
Granja de Freitas. “Ampliar o trabalho de coleta seletiva é algo que se torna
cada vez mais necessário. Para isso, é preciso aprofundar e reforçar os
trabalhos de coletivismo. Somente com uma comunidade unida, será possível
realizar ações que beneficiem o meio ambiente, propiciem qualidade de vida e
promovam a igualdade social”, disse o prefeito Marcio Lacerda durante o evento.
A parceria
Por meio de um chamamento público no Diário Oficial
do Município (DOM), a Prefeitura convidou, em setembro, as associações e
cooperativas de catadores e trabalhadores com materiais recicláveis a
participar da coleta seletiva de papel, metal, plástico e vidro, na região
Leste da cidade. O resultado, apontando a Coopesol Leste como credenciada ao
projeto, foi divulgado em outubro.
A gestão e a operação do serviço serão feitas pela
associação de catadores. A SLU já colocou à disposição um caminhão de coleta,
que ficará sob a responsabilidade da Coopesol Leste, para o transporte dos
materiais até os galpões de triagem e processamento. As equipes do Departamento
de Políticas Sociais e Mobilização da SLU orientarão moradores e comerciantes
dos bairros Floresta e Colégio Batista para que entendam e executem os
procedimentos de separação de materiais e contribuam de maneira correta,
dispondo os resíduos no dia e horário adequados.
Coleta seletiva
Coleta seletiva
De todo o lixo recolhido em Belo Horizonte, cerca
de 5% é reciclável. Nesse percentual, são considerados os programas de
reciclagem de papel, metal, plástico e vidro, orgânicos e resíduos de
construção. A média diária de resíduos da coleta seletiva é de 18 toneladas.
Todo o material recolhido é destinado às associações e cooperativas de
catadores e trabalhadores de recicláveis parceiros da PBH. Atualmente, a cidade
conta com duas modalidades de coleta seletiva: porta a porta e ponto a ponto.
Na coleta porta a porta, os materiais recicláveis
são separados pelos próprios moradores e colocados nas calçadas para
recolhimento. O material deve ser acondicionado em sacos plásticos, de
preferência transparentes, e depositado na calçada a partir das 8h, horário em
que começa a coleta. Atualmente, este modelo está presente em 34 bairros da
capital, abrangendo uma população aproximada de 376 mil pessoas, em mais de 120
mil casas. A coleta é realizada uma vez
por semana.
Na coleta ponto a ponto, são instalados contêineres
nas cores definidas pela Resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(Conama) para os materiais recicláveis: azul para o papel, vermelho para o
plástico, amarelo para o metal e verde para o vidro. A população é responsável
por separar os recicláveis e depositados nestes contêineres instalados pela
PBH. Cada endereço é chamado de Local de Entrega Voluntária (LEV). BH conta com
85 conjuntos de contêineres para recolhimento de papel, metal, plástico e
vidro, totalizando 266 contêineres espalhados pelas nove regiões da cidade.
Fotos: Pedro Antônio de Oliveira
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