terça-feira, 27 de maio de 2014

Cras Mariano de Abreu realiza manifesto contra o trabalho infantil


      O Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Mariano de Abreu, em parceria com a Escola Municipal Wladimir de Paula Gomes, realizou um manifesto contra o trabalho e a exploração infantil. Alunos saíram em cortejo pelas ruas dos bairros Mariano de Abreu e Caetano Furquim. A ação contou com a participação de professores, trabalhadores do Cras e moradores do entorno.

       O objetivo foi alertar a população sobre a exploração de crianças e adolescentes, com o foco na Copa do Mundo que será realizada no próximo mês. Segundo o coordenador do Cras Mariano de Abreu, Márcio Luiz Guglielmoni, a atenção deve ser redobrada nesse período. “Em outros países, durante o Mundial, houve um aumento da exploração sexual de crianças e adolescentes”, explica.

      Para a professora e monitora de Ética e Cidadania da Escola Integrada, Joelma Neri da Silva, a ação foi pensada para chamar atenção da população e resgatar valores das crianças. “Devemos nos mobilizar para um problema que afeta muitas crianças do Brasil, buscando soluções e conscientizando as pessoas sobre os direitos das crianças”, afirma. 


      Coordenadora do programa Escola Integrada na unidade, Isabela Xavier afirmou ter trabalhado dentro da sala de aula o tema da exploração infantil para que os alunos possam conhecer a realidade de crianças que são privadas do estudo, do lazer e da própria infância. “A intenção foi vir pra rua mesmo, para mostrar à sociedade aquilo que elas aprenderam. Nós incentivamos para que eles possam repassar os conhecimentos adquiridos em sala pra comunidade”, declarou. Aluna do 6º ano, Yasmim de Andrade disse que as manifestações em favor da criança deveriam acontecer mais vezes. “A passeata foi muito legal, porque criança não trabalha, ela tem que ter seus direitos, como todo mundo”, afirmou.

       Uma das moradoras do bairro a acompanhar a mobilização, Beatriz Santos, de 52 anos, gostou da iniciativa. “Lugar de criança é na escola ou brincando. Ela não deve ser explorada em nenhum sentido. Todos já fomos crianças. Hoje tenho meus netos e fico preocupada com eles. Imagino várias crianças nessa situação difícil, o que é um absurdo”, afirmou.

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